O governo estadual divulgou o calendário de reposição das aulas da rede estadual nesta sexta-feira, após reunião com uma equipe de profissionais da Educação em Lages, na Serra Catarinense. A reposição deve ocorrer em julho, utilizando dez dias das férias escolares, se estendendo até 30 de dezembro. Não haverá aulas aos sábados, mas os feriados de 28 de outubro e 14 de novembro serão destinados para o cumprimento dos 200 dias letivos previstos em lei.
De acordo com o governo, 80% dos professores já retomaram as aulas. Entretanto, em assembleia estadual realizada na última quarta-feira, a maioria dos docentes votou pela continuidade da greve, que já dura 52 dias nesta sexta-feira. A reivindicação é que o governo pague o piso salarial nacional.
Para a reposição das aulas, o governo informou que outra alternativa é os professores utilizarem as aulas de colegas que por algum motivo não possam ir trabalhar em determinado dia, preenchendo a lacuna. Entretanto, algumas regras devem ser respeitadas, como não extrapolar três aulas seguidas da mesma disciplina.
Ainda segundo o Governo, a secretaria e as gerências regionais de educação vão acompanhar a reposição, no dia a dia escolar, e promoverão encontros de avaliação. No início de agosto vão se reunir para avaliar o mês de julho e assim por diante.
Para as escolas que não participaram do movimento grevista, o calendário escolar continua o mesmo: recesso de 18 a 29 de julho e encerramento do ano letivo no dia 16 de dezembro. Já os professores que não retomaram as aulas terão dificuldades em encerrar o ano letivo em 2011, de acordo com o governo estadual.
Em chat no diario.com.br na última quinta-feira, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte), Luiz Carlos Vieira, tranquilizou os alunos quanto à possibilidade de perda do ano letivo:
— Já tivemos greves até com 68 dias e não perdemos o ano. Acrescento que os profissionais da educação sempre fizeram a reposição. A greve é um mecanismo que temos que utilizar para valer nossos direitos. Porém, temos o compromisso de repor as aulas perdidas com qualidade e pode ter certeza temos o compromisso com a educação catarinense. A comunidade deve continuar pressionando o governo para que ele reestabeleça a normalidade das aulas o mais rápido possível. A responsabilidade da educação é do governo. Nós somos trabalhadores do Estado — explicou.
Greve
Em assembleia realizada na última quarta-feira, os professores da rede estadual decidiram manter a greve, que completa 52 dias nesta sexta-feira. Os docentes pararam as atividades no dia 18 de maio para reivindicar a implementação do piso salarial nacional.
Para tirar as dúvidas dos leitores sobre a greve, o secretário de educação estadual Marco Tebaldi participou de um chat no site do Diário Catarinense às 15h de quinta-feira. Em seguida, às 17h, foi a vez de o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte) Luiz Carlos Vieira conversar com os internautas do DC.
sábado, julho 09, 2011
Governo propõe calendário escolar para reposição de aulas da rede estadual em Santa Catarina
Professores devem lecionar durante dez dias do recesso escolar e seguir até 30 de dezembro
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