sábado, julho 09, 2011

Governo propõe calendário escolar para reposição de aulas da rede estadual em Santa Catarina

Professores devem lecionar durante dez dias do recesso escolar e seguir até 30 de dezembro

O governo estadual divulgou o calendário de reposição das aulas da rede estadual nesta sexta-feira, após reunião com uma equipe de profissionais da Educação em Lages, na Serra Catarinense. A reposição deve ocorrer em julho, utilizando dez dias das férias escolares, se estendendo até 30 de dezembro. Não haverá aulas aos sábados, mas os feriados de 28 de outubro e 14 de novembro serão destinados para o cumprimento dos 200 dias letivos previstos em lei.

De acordo com o governo, 80% dos professores já retomaram as aulas. Entretanto, em assembleia estadual realizada na última quarta-feira, a maioria dos docentes votou pela continuidade da greve, que já dura 52 dias nesta sexta-feira. A reivindicação é que o governo pague o piso salarial nacional.

Para a reposição das aulas, o governo informou que outra alternativa é os professores utilizarem as aulas de colegas que por algum motivo não possam ir trabalhar em determinado dia, preenchendo a lacuna. Entretanto, algumas regras devem ser respeitadas, como não extrapolar três aulas seguidas da mesma disciplina.

Ainda segundo o Governo, a secretaria e as gerências regionais de educação vão acompanhar a reposição, no dia a dia escolar, e promoverão encontros de avaliação. No início de agosto vão se reunir para avaliar o mês de julho e assim por diante.

Para as escolas que não participaram do movimento grevista, o calendário escolar continua o mesmo: recesso de 18 a 29 de julho e encerramento do ano letivo no dia 16 de dezembro. Já os professores que não retomaram as aulas terão dificuldades em encerrar o ano letivo em 2011, de acordo com o governo estadual.

Em chat no diario.com.br na última quinta-feira, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte), Luiz Carlos Vieira, tranquilizou os alunos quanto à possibilidade de perda do ano letivo:

— Já tivemos greves até com 68 dias e não perdemos o ano. Acrescento que os profissionais da educação sempre fizeram a reposição. A greve é um mecanismo que temos que utilizar para valer nossos direitos. Porém, temos o compromisso de repor as aulas perdidas com qualidade e pode ter certeza temos o compromisso com a educação catarinense. A comunidade deve continuar pressionando o governo para que ele reestabeleça a normalidade das aulas o mais rápido possível. A responsabilidade da educação é do governo. Nós somos trabalhadores do Estado — explicou.

Greve

Em assembleia realizada na última quarta-feira, os professores da rede estadual decidiram manter a greve, que completa 52 dias nesta sexta-feira. Os docentes pararam as atividades no dia 18 de maio para reivindicar a implementação do piso salarial nacional.

Para tirar as dúvidas dos leitores sobre a greve, o secretário de educação estadual Marco Tebaldi participou de um chat no site do Diário Catarinense às 15h de quinta-feira. Em seguida, às 17h, foi a vez de o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte) Luiz Carlos Vieira conversar com os internautas do DC.

DIÁRIO CATARINENSE

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